sexta-feira, 1 de junho de 2007

ATA DO FÓRUM DE DEBATES PRÓ-DESENVOLVIMENTO DE BRASILÂNDIA, ENTRE 25/04/2006 E 4/06/2007

O texto que se segue foi escrito por Célio Pires, propositor e coordenador geral deste Fórum, entre 25/04/2006 e 04/06/2007 - data última esta quando se pretende criar uma coordenação rotativa. O presente texto ainda será destilado pela coordenação provisória.

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1ª FASE: O Fórum de Debates Pró-Desenvolvimento de Brasilândia (FDPDB) se reuniu pela primeira vez no dia 25 de abril de 2006 no salão de festa da Mymo Malhas, na Rua Parapuã, 2065, e por mais 3 vezes nesta fase. Debateu as prioridades do bairro e levantou uma pauta comum de reivindicações macro, sendo três delas tidas como prioridades zero:
1. A falta de vias de fundo de vale, de acesso rápido.
2. A falta de ações e programas voltadas para o jovem por parte dos governos.
3. Falta de espaços para lazer/ cultura, praças e parques.

Devida às eleições de 2006, o Fórum só retomou suas atividades em 2007. Nesta segunda fase de reuniões do Fórum, iniciada em 05/03/2007, as reuniões aconteceram uma vez por mês, procurando, agora, buscado discutir capacitação e novos caminhos para que as prioridades do Fórum sejam também prioridades e plano de governo, que esteja no Orçamento etc. Nesse sentido promoveu debates e apresentou algumas idéias e exemplos de organização e ação.

2ª FASE: Os coordenadores dessas duas primeiras fazes do Fórum, Walter Andrade e Célio Pires, procuraram realizar reuniões em roda, sem mesa diretora, onde todos puderam falar, expor idéias e propor ações, sem deixar que a discussão se desviasse dos propósitos do Fórum, que é o de propor soluções amplas para o distrito Brasilândia de forma ampla, macro.
Nesta segunda fase de debates, sabendo-se dos problemas do bairro e quem pode resolvê-los (prefeitura e governo do Estado, além do distante governo federal), buscou-se a partir da retesta reunião de 7/05/07 é no sentido de fazer com que as reivindicações levantadas sejam divulgadas e levadas às autoridades, paralelo a isso recomenda-se que aja capacitação, aprofundamento dos caminhos de organização popular e ações propositivas.

CONCLUÍU-SE QUE:
- É preciso recuperar o tempo perdido, já que houve consenso de que a ação dos governos deixaram a desejar no bairro nas últimas décadas
- É reconhecida uma mudança nos últimos dois anos e um clima favorável a mudanças.
- É preciso ampliar a participação da população e o número de entidades; contar com parceiros, empresas, parlamentares e autoridades.
- É preciso passar por cima de diferenças antigas ou novas, as questões partidárias, as disputas locais e o Fórum trabalhar, sim, em cima das questões comuns, amplas e gerai.
- o Fórum concluiu, enfim, que, sem o debate aberto e a participação de todas as forças interessadas na revitalização e revalorização do distrito, pouca coisa irá acontecer.
- o distrito Brasilândia foi excluído em termos de obras na última década por total desmobilização da sua população e por desinteresse dos políticos locais no poder municipal.

- a ausência de agência bancária, cartórios fora da área central, Correios etc. deve-se à falta de acesso fácil, ou seja, nenhuma avenida de fundo de vale chegou ao centro do bairro, o que dificulta o acesso, afastando ou impedindo a instalação destes serviços essenciais.

- dentre as prioridades, a número zero do distrito Brasilândia é falta de avenida de fundo de vale, para tanto é preciso lutar pela conclusão das vias paralisadas na entrada do distrito, como as avenidas João Paulo 1º, Fuad Lutfalla e Petrônio Portella.
- Paralela a esta reivindicação e não menos importante é a falta de maiores opções ao jovem local, já que não há quadras, praças e parques disponíveis, além de poucos programas de apoio ao jovem sejam culturais, sociais ou voltados ao trabalho, além da ausência de uma escola técnica.

O lema do grupo tem sido o de união pela convergência. “Gente que vier o objetivo de apenas buscar divergências, mágoas do passado, divisionismos e intrigas não serão consideradas”. Disseram os coordenadores, sem serem muito ouvidos nesta questão.


REIVINDICAÇÕES:

O Fórum de Debates definiu as reivindicações por setores, a saber: Avenidas; Praças e Áreas Verde; Transporte Coletivo, Social/ Cultural, Comércio, Habitação.

Avenidas:
A Prefeitura precisa priorizadar o término das avenidas de fundo de vale, principalmente a sobre o Rio da Pedras/ Guariroba e na seqüências as Avs. Fuad Lutfalla/ Xavier da Silva Ferrão e Petrônio Portella.

Propostas:
1. Foi proposto pelo Fórum um estudo para criar uma ligação entre a Av. Domingos Veja e Fuad Lutfall, com a construção de uma pista por trás da Escola estadual Galdino Lopes Chaves.

2. Continuidade da Av. Petrônio Portella, com a sua ligação até pelo menos à rua Macedônia.

3. Continuidade das obras da avenida por sobre o Rio das Pedras/ Córrego Guariroba, até pelo menos à Av. Humberto Gomes Maia.

Transportes:
1. Criar linha de ônibus Taipas/ Lapa, via Brasilândia, pela rua Parapuã.

2. Levantar possibilidade de construção de um Terminal de Ônibus no Jd. Guaraú, na continuidade da Av. Fuad Lutfalla.

3. Criar linha Jd. Icaraí/ Lapa, via Jd. Iracema/ Hospital Penteado.

Praças e Parques:
1. O distrito Brasilândia talvez seja o único na Capital que não tenha um Parque Público. O Fórum sugere que área da antiga Pedreira do Vega seja desapropriada para que ali seja construído um Parque Municipal.

2. Conforme promessa do prefeito José Serra, quando veio inaugurar a Praça Benedita Cavalheiro, em 25/01/2006, quando disse: “Mostre-me onde possamos construir praças, que a Prefeitura irá construir praças na Brasilândia”, o presente Fórum deverá levantar locais propícios para praças ou áreas públicas tomadas por invasões ou por empresas para tal fim.

3. Criação do Parque Linear do Córrego do Bispo e outros de proteção à franja da Serra da Cantareira, para se evitar a constante invasão da mata por favelas e loteamentos clandestinos.

Social/Cultural/Educacional:
1. O Fórum pede à Prefeitura que, dada às estatísticas e pesquisas que mostram o jovem da Brasilândia dentro os de mais alto índice de vulnerabilidade social, e por ser a maior vítima da violência, que sejam ampliados os programas de apoio e incentivo ao jovem, como o Jovens Urbanos, por exemplo.

2. Que o programa Crianças Esperança seja mais transparente e inclua as sugestões e as entidades locais, incluído este Fórum, e também aproveite os artistas e pessoas do bairro neste projeto, inclusive empregando-os nas suas atividades.

3. Solicita à Prefeitura que levante em seus arquivos as plantas originais do Centro Esportivo Oswaldo Brandão (Criança Esperança) e considere este projeto, que previa no terreno anexo, onde está instalado um CDM, uma creche e outros equipamentos sociais.

4. Que seja construído uma Casa de Cultura e mais creches no bairro.

5. Que seja retomado o projeto de construção do CEU no Jd. Paulistano.

6. Que seja construída uma Escola Técnica no bairro.

7. Que a Prefeitura dê apoio às entidades sociais para que estas possam desenvolver trabalho de acolhimento a tantas crianças sem creche.

Comércio:
1. O presente Fórum solicita a reformulação das calçadas da Rua Parapuã, Eurídice Bueno e dos centros comerciais de Vila Teresinha, Penteado e outros, conforme o projeto implantado em outros bairros, como Pirituba.
2. Implantação de linhas de ônibus Taipas-Lapa ou Taipas-Centro, via Vila Brasilândia.

Habitação:
O distrito Brasilândia constituído por inúmeras favelas e por isso na tem praças e parques. Apesar desta situação não há nenhuma projeto/plano de desfavelização do bairro, com a construção de conjuntos residências verticais e que possibilitem, assim, a criação de espaços recreativos para crianças, jovens e aposentados. Solicitamos, portanto, a criação de um plano de desfavelização no bairro.

OBS: Duas reivindicações deste Fórum estão em vias de acontecer: a construção do CEU do Jd. Paulistano já foi iniciada e a Casa de Cultura. Foi prometida pelo prefeito Gilberto Kassab, na Sessão Solene de aniversário da V. Brasilândia.