* Data - A Vila Brasilândia nasceu de uma gleba vendida a loteadora pelo ex-sitiante Brasílio Simões, onde funcionou no passado um engenho que fabricava a Especial Caninha do Ó. O registro do negócio em cartório (8º Ofício de Registro de Imóveis) se deu no dia 24 de janeiro de 1947. Uma cópia deste documento de compra e venda foi conseguida pelo jornalista Célio Pires, junto à empresa Empresa Brasilândia de Terrenos e Construções, em 1983 - vide fac-smile do documento, ao lado.
* Igreja - A inauguração da Paróquia de Santo Antônio de Vila Brasilândia ocorreu em 17 de setembro de 1953, com a cerimônia de casamento de Manoel Guilherme e Benedita Guilherme (já falecida). Antes havia uma capela, construída em 1945 e 1946, num terreno doado por certo senhor Almeida.
* Escola - O primeiro núcleo educacional da Brasilândia surgiu da dedicação e perseverança dos mineiros Luiza Sales Rezende e Benedito Rezende, que após chegarem em 1948, ficaram inconformados com a idéia de não haver nenhuma escola pública no bairro.
Em 1950, dona Luiza conseguiu uma sala emprestada do Centro Esportivo Pai Jacó e iniciou a primeira escola pública que, somente em 1951 foi reconhecida pelo governador Lucas Nogueira Garcez, com o nome de Grupo Escolar de Vila Serralheiro.
Em 1953, o governo construiu galpões de madeiras, na então Vila Paineira, onde hoje existem as escolas João Solimeo e Galdino L. Chagas.
* Cartório - O Cartório de Registro Civil de Vila Brasilândia começou a funcionar exatamente as 14h, do dia 16 de junho de 1964. O titular do Cartório era Ênio Mercaroni, falecido há dois anos. Os bairros abrangidos são: Parque Belém, Vila Teresinha, Jardim Carombé, Jardim Damasceno, Jardim Almanara, Vila Rica, Vila Souza, Vila Shimidt, Vila Penteado, entre outros.
* Ônibus - A inauguração da primeira linha de ônibus da Vila Brasilândia ocorreu no dia 3 de março de 1958. O ponto final localizava-se em frente à Igreja Santo Antônio, na Rua Parapuã.
A Vila Brasilândia ganhou, no dia 18 de julho de 1977, uma linha de ônibus executiva, que ligava o bairro à Praça Ramos de Azevedo, no Centro. Era a quarta linha de ônibus executivo implantada pela CMTC na cidade de São Paulo; a tarifa era de Cr$8,00.
Naquela época o bairro dispunha de outras duas linhas que iam até a Praça da República: a especial da CMTC (Cr$4,50) e a 848 da Viação Tusa -Transportes Urbanos S/A - (Cr$1,80). Havia também as lotações clandestinas que chegavam a cobrar Cr$15,00.
* Jornal - O primeiro jornal deste bairro foi o “Jornal da Brasilândia”, fundado em 1982. Antes disto existiu, por curto período, um minijornal denominado “Pombo Correio”, de 1964, e editado por Zezinho Rodrigues.
* Esporte. Futebol - O “pai” do futebol varzeano da Brasilândia foi seu Joaquim de Oliveira, conhecido como “Velho Quim” (já falecido). Pioneiro do bairro, ele testemunhou o nascimento dos primeiros times de futebol. Em 1949 nasceu o Elite, fundado por Edmundo e Eduardo Basílio, Luizinho Careca, Dinho e pelo próprio Quim. Em 1950, surgiu o Tiro ao Pombo, por influência de Oscar Claro Cunha, diretor do Clube de Caça Tiro ao Pombo (já extinto).
Atletismo - Em 1º de maio de 1956, a Vila Brasilândia promovia a prova pedestre “Oscar Claro Cunha”, na distância de 5 mil metros para homens e 400 para meninos de 10 a 13 anos, com o apoio do jornal Gazeta Esportiva. A prova para homens destinava-se a atletas amadores de qualquer parte de São Paulo. O vencedor da primeira prova foi Benedito Malaquias.
* Canalização - O córrego Rio das Pedras, cuja extensão é de 2 mil metros, em 20 anos de luta dos moradores da Brasilândia, foi canalizado apenas 358m, sendo 165m em 1986 e 193m em 1987, isso depois de muita luta da Sociedade Amigos de Brasilândia, comandada por Antônio Nico Pereira (já falecido). A prefeitura iniciou a canalização e inaugurou (janeiro de 2.000) parte inicial da obra; nesta gestão (Serra/Kasab) foi conseguida, por fim, a retirada de algumas casas, que impediam o prosseguimento da avenida (parada na Vila Penteado, na rua Garcia Aquiline), mas, por outro lado, um terreno já desapropriado, perto do 45º Distrito Policial, foi murado pelo proprietário, já que não lhe pagaram o valor da desapropriação.
3 comentários:
Ola meu nome é cristina e gostaria de saber mais sobre essa frota de onibus tusa pois meu pai trabalhou nela lá por volta de 1988 e eu nao chegei a conhecer ele e achei que vc´s poderiam me ajudar meu Email é c.matostorres@yahoo.com.br
Oi sou fotografa e faço parte de um grupo chamado um olhar que ministram oficinas de fotografia e gostaria de ampliar o projeto para a vila brasilandia mais para isso queria saber a relação dos colégios públicos da região, pois as oficinas serão realizadas nos colégios para alguns alunos do mesmo
Pode ver um pouco da historia do projeto e dos alunos que já passaram por la no site WWW.umolhar.org
Fui aluna do projeto e hoje sou arte educadora meu nome e suellen
Obrigado desde já
Olá adorei a iniciativa de documentação e divulgação da história do nosso bairro.
meus pais vieram para a Brasa em 1971, passando depois para a Vila Teresinha e em 1974 para o Jardim Guarani. Realizo um trabalho com as crianças e jovens do Guarani com base nas vivências da nossa cultura tradicional brasileira e tenho muito interesse em que eles conheçam essas histórias da formação da região onde vivem, só assim podemos alhar o nosso entorno ver o quanto somos parte do mesmo e como podemos atuar para sua melhoria.
Vocês tem informações sobre o Jardim Guarani?
Ou podem me orientar para iniciar esse trabalho.
Abraço,
Rosângela Macedo.
Postar um comentário