terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

TALENTOS DA BRASILÂNDIA - DJ MAU MAU



O DJ Mau Mau não fica por aí dizendo que é “filho” da Brasilândia, mas é. Criado na Vila Penteado, na Rua Botafogo, ganhou o mundo e hoje é o maior DJ do País, ou pelo menos o mais inovador. Irmão da web designe Soninha Bischain, minha amiga de juventude, colaboradora, digitadora e diagramadora voluntária dos textos da extinta revista alternativa Aldeia, que um grupo de jovens editou na Brasilândia, no final da década de 70 - e desta publicação sairia o germe do Jornal Brasilândia (de 1982), posteriormente denominado Freguesia News e que resiste até hoje, mas isto são outras histórias. Seguem partes de textos pinçados na internet e que dão um boa noção da importância de Mau Mau na cena da música eletrônica brasileira e mundial
(Célio Pires).

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Os DJs brasileiros não seriam o que são hoje se não fosse por Mauricio Fernando Bischain. Desde que iniciou, há 20 anos, já foi a atração principal em festas em todos os Estados brasileiros e por duas dezenas de países pelo mundo.
Mau Mau começou no lendário clube paulistano Madame Satã, que abrigava o que existia de mais novo no rock dos anos 80, a consolidação de seu nome nas discos undergrounds Sra. Krawitz e Hell's Club, de sua participação no projeto M4J, em que trazia à eletrônica ritmos brasileiros, inclusive com remix de composições de Jarbas Mariz, hoje coordenador da Casa de Cultura Salvador Ligabue, Freguesia do Ó.

Escalado para praticamente todos os grandes eventos de eletrônica do país, Mau Mau chega ao disco com "Music Is My Life", que saiu pelo selo Segundo Mundo e distribuição nacional da Sony, sintetizava em 13 faixas tudo por que o DJ já passou: disco, hard tecno, house e breaks.
"Passei por vários clubes diferentes, acompanhei vários estilos que aconteceram. No álbum procurei captar um pouco disso, de cada época, do que me influenciou. É um apanhado disso tudo", contou à Folha on Line, em 13/11/2003.

O jornalista Camilo Rocha diz: “Eu o conheci quando ainda era só o DJ Maurício (nascido Maurício Bischain), lá no Nation Disco Club em 1988. Em 1990, publiquei uma das primeiras matérias de sua carreira, um pequeno perfil na revista Bizz, na seção de dance music. Ele já era uma grande promessa. Em 1992, fui vê-lo tocar no Sra. Krawitz e lembro que seu set foi uma revelação musical e sensorial como poucas vezes tinha tido até então”.

Camilo Rocha diz ainda: “Em 1994, quando estava em Londres, Mau me liga. Estava de passagem pela cidade. Eu o levei ao Final Frontier, clube semanal de tecno, com 2 mil cabeças e line-ups de sonho (Jeff Mills, Dave Angel, CJ Bolland, Laurent Garnier etc.). A energia e intensidade do lugar e o fato de ser voltado para um único estilo deram a inspiração que Mau precisava para fazer o Hell’s Club. Foi uma viagem que mudou sua vida.

A partir do Hell’s ele virou O Mau Mau, o mito da cena, o guru do som, um DJ que emociona e enlouquece as pessoas com seu repertório, técnica e carisma. Inúmeros DJs foram influenciados por Mau Mau no Hell’s e, até hoje, ele pertence a um seleto grupo de DJs nacionais que é unanimidade em todos os setores. Mesmo quem não gosta muito da música (por algum motivo qualquer) não nega que o menino da Freguesia do Ó é MUITO BOM!!!

De lá para cá, ele tocou no Brasil de ponta a ponta e em todos os eventos que importam. Muitos sets ficaram lendários, como o que fechou o Skol Beats em 2002. Tocou muito lá fora também: Argentina, Chile, Uruguai, Estados Unidos, Portugal, França, Inglaterra, Bélgica, Turquia e Alemanha. Em Londres, já entrou para a história seu set no The End há alguns meses, quando o dono/residente Mr. C não o deixou sair do som no fim do set e pediu que tocasse mais.

Em entrevista à Folha, falou da dificuldade do início e da incompreensão dos seus pais: Mesmo sendo um DJ reconhecido no exterior, lançando disco, até seus pais não entendem sua profissão. O que acontece?
Mau Mau - É que na época dos meus pais isso não existia. É difícil para eles. Mas agora eles estão vendo que estou feliz, que não vou parar de uma hora para outra.
Folha - Você já teve dificuldade por causa disso?
Mau Mau - Sim, não tive apoio nenhum dos meus pais, e, quando comecei, as pessoas não entendiam, falavam para tocar o que estava nas rádios. Foi uma batalha, uma persistência... Várias vezes pensei em desistir.

Leia mais sobre Mau Mau:
http://music.msn.com.br/artista.aspx?id=1571&bio=1
www2.uol.com.br/maumau/

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